agosto 15, 2007

".. a vida é curta pra ver..."

A única coisa boa de se estar na beira do abismo é que dá para sentir o vento melhor.
Como cheguei aqui?
Talvez saiba explicar, talvez não. Todas as minhas dúvidas me trouxeram até aqui, e todas as falsas respostas delas.
O frio não me incomoda, muito menos a altura, ou o fato de que o chão racha a cada passo a frente que dou. Incomoda-me saber que não tem mais nenhum caminho pela frente.
A queda é iminente, o voô improvável.
É muito mais fácil pular pensando o contrário.
E, novamente , as estrelas brilham, e novamente, a lua se escondeu.
Fecho os olhos, sinto o vento, aquele que leva e trás tudo, aquele que a gente não vê o estrago que faz. Qual é a importância do que não vejo, do que sinto , do que me transborda? Qual é?
Foda-se é só um pulo.
Virão outros.
E... o vento continua a me desafiar.
A única coisa boa de estar na beira do abismo é , realmente, o vento.

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