maio 14, 2009

Comparações

Como se tudo na minha vida perdesse o sentido por alguns instantes.

Como se tudo parasse, e eu pudesse analisar, friamente, os detalhes sórdidos das cores.Mesmo a cena estando em sépia.

Lógica? Razão? Ahn?

Como se, ao mesmo tempo, eu guardasse dentro de mim todos os segredos, de todas as loucuras do mundo. Do meu mundo.

Um ônibus lotado, uma cabeça vazia, uma vida quase completa. Mas, e o que mais?

Como se eu parasse de procurar, incessantemente, por olhares de correspondência. E passasse a encontra-los, sem querer, ao me encarar no espelho.

Memórias, lembranças, tempos. Há tempos.

Como se voltasse ao que era, mas em um universo paralelo. Naquelas doideiras de tempo relativo, de mundo relativo, de opinão relativa. Relalções relativamente relativistas.

Nada mais. Nada menos. Nada apesar. Apenas o ponto. Apenas o objetivo.

É como se eu estivesse vivendo...

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