setembro 08, 2008

RoadTrip

Não há nada mais clichê que a palavra obstáculo! E a frase "superar barreiras"?? Nossa.´.. Ela trás colada um comercial de banco que mistura cenas de pessoas felizes com mensagens subliminares de capitalismo....
Paro e penso. Não há barreiras, há bifurcações.
Em tese, não somos impedidos de fazer nada nesta vida. Na prática, sabemos que isso não é lá muito realizável. Se existem barreiras, censuras e mesuras, são aquelas que colocamos na nossa cabeça.
No final de tudo, serão as nossas escolhas que nos definirão mesmo.
A vida é uma grande sucessão de bifurcações e de caminhos bizarros que levam a encruzilhadas intrínsecas, afinal, nunca se pergunta o porque de se tomar a direita quando se sai da Imigrantes já na Baixada Santista. Simplesmente se segue porque é sabido que seguindo a direita, a estrada levará a Santos.

....

Constantemente venho me perguntando se escohi os caminhos certos nas bifurcações pelas quais passei. Se o caminho do lado esquerdo era melhor que o do lado direito. Se os sinais não eram sinais. Se as placas me indicaram o destino certo. Se alguma das paradas eram realmente necessárias. Se algumas caronas deveriam ter sido dadas, se outras deveriam ter sido negadas.
Highway to hell? Caminho das Nuvens? La Strada? Road 66?
Não sei.
E sempre volta na minha cabeça que enquanto tiver dúvidas, nada que conseguirei sentir vai ser verdadeiro. Mas, eis um pensamento altamente compulsivo e obsessivo.
No momento me vejo absolutamente perdida em um caminho de beleza peculiar, o tipo de beleza que paro para ver (assim como a beleza das cores do céu durante o pôr do sol ou da lua cheia a se destacar por entre as estrelas). Não sei para onde isso tudo pode me levar, prefiro ignorar a existência do outro caminho paralelo a esse.
O caminho se faz ao caminhar, não é mesmo?

PS.:Possiveis mudanças de rotas podem ser consideradas, apenas se os motivos forem muito bons e valerem a pena.
PS²: É aceitável pegar um certo trânsito e a existência de pontos esparsos de lentidão.
PS³: Atalhos... Prefiro não comentar.
PS4: E as paradas? Novamente..apenas para quem valer a pena.

setembro 01, 2008

Sobre surtos e psicoses [e mais coisas]

Quanto mais eu tento entender as pessoas. Mais essa tarefa me parece impossível.
Ás vezes uma simples observação acarreta situações inimagináveis. Sabe aquilo que você tem certeza que todo mundo viu, e que, no final, era apenas um detalhe.
Estranhos esses detalhes.
É neles em que estão as relações. É por causa deles que existem os sentimentos.Mesmo os sentimentos mais sórdidos e idiotas.
No detalhe do sorriso enviesado, no detalhe do olhar pra baixo, e das não-palavras, que está a comunicação. Na sutileza de uma ironia, na sutileza de uma mesa e 3, 4 ou 5 cadeiras, na sutileza do tempo gasto no abraço de despedida. Deve ter algo escondido nisso tudo. O inominável está presente, mesmo quando as frases emergem da mente e passam para a boca sem querer.
Como é se sentir completamente entendida? Díficil, mas sei responder essa questão.
Num mundo perfeito, todos saberiam respondê-la.
Ou não.

Vira a moeda, sorte ou azar. Ou acaso.
Ou coincidencia.Ou sintonia. Ou unissono.

Não sei.
Não sei mais de nada.
Já que as pessoas estão cada vez mais ininteligíveis, a filosofia do não-saber se torna mais aceitável.

E...se o circo pegar fogo, por favor, alguém salve os animaizinhos de pelúcia.