novembro 06, 2009

Surreal

Fluxo de consciência, matéria e imatéria. Jornal. Principios de noticiabilidade. Fait divers. Cão. Resevoir Dogs. Tarantino´s mind. Milk shake. Ovomaltine. Chocolate. Paraíso. Consolação. Metrô. Metro. Metô. Estrela. Céu. Lua Nova. Crepúsculo. Adolescentes. Objetivo. Conselheiro.

Caminho. Pedras. Atalhos. Cabelo curto. Cabelo comprido. Tatuagem. Braile. Amor. Branco. O Quadrado Negro. Arte. Criação. Cartas do baralho de Tarot. Luz. Sé. Jesus Cristo. Lennon. McCartney.Harrisson. Starr. Bang-Bang. Clint Eastwood. Pica pau. Vermelho. Rothko. MASP.

Liberdade. Vila Madalena. Família. Cartazes de filme. Música. Silêncio. Respiração. Dont speak. Trânsito. Aerosmith. Alice. Disney. Imaginação. Felicidade. Crédula. Cédula. Medula. Bula. Homeopatia. Simpatia. Antipatia. Apatia. Energia. Tesão. Paixão. Adrenalina. Abraço. Diálogo. Profundidade. Noite. Carbíria. Guido Anselmi. Silvia. Teatro. Rolidei. Segurança. Roma.

Todos os caminhos levam a Roma.

outubro 24, 2009

Por que sorriste?

Gozado falar de sorriso enquanto choro, compulsivamente. Felizmente esse choro não é de tristeza, nem de mágoa, muito menos de ódio, é de amor. Queria me responder a questão da onde vem meu sorriso, encontrei a resposta no meio dessas lágrimas.

Meu sorriso vem de dentro de mim, mas não vem sozinho. Porque, só, não chegaria onde estou. Porque é, exatamente, o jeito que reajo àquilo que é externo a mim que me fez sorrir dessa maneira. E outra coisa vem junto desse sorriso, o entendimento de que a ajuda dos outros não minimiza a minha própria força.

Tenho anjos da guarda em terra, pessoas que me protegem e que são, igualmente, protegidas por mim. E é por eles, e por mim, que choro. É por causa deles tenho a coragem de chorar, tenho a força de saber que as coisas vão melhorar. Eles me inspiram, me apoiam e me motivam, não importa como.

E, esse texto, que tinha como objetivo principal explicar algo de maneira 'poética', vai acabar da maneira mais piegas possível, com um agradecimento. Obrigada meus anjos, sempre.


outubro 10, 2009

Relief

Acredito que as pessoas mudem sempre para melhor. Realmente acho que a tendência de todos é rumar para uma evolução. Mas, e sempre tem um mas, essa evolução é marcada com alguns sacrifícios.

Vou falar a real agora, e nada da verdade codificada como venho escrevendo há tempos. Os códigos podem ser facilmente decifráveis, mas ainda são códigos. Sinto que fui eu o sacrifício de algumas evoluções.

Dói? Para caramba. Rasga. É como se tivessem tirando uma parte de você, uma parte que você conhecia, confiava e se apoiava. Arde? Muito. Como fogo na madeira norueguesa. Traumatiza? Bastante. Cão que morde cobra nunca mais come linguiça. Cicatriza? Com dificuldade. A pele danificada demora a crescer novamente. Mata? Não. Minha vida não está na mão de ninguém , além da minha.

Por momentos, passa pela cabeça uma imensa vontade de chutar o balde, tocar o foda-se e colocar tudo a perder. E chegar e falar :"Hey, por que fui eu a escolhida? Hey, por que exatamente esse sacrifício?" Tem horas, pra falar a verdade, que eu acreditava que nem se tratava de um sacrifício, tratava-se de um alívio para a outra pessoa.

De repente, a dor para. Parou porque não tinha como doer mais. Não tinha mais lugar, não tinha mais intensidade. É quando percebi que a evolução foi minha, e não de todas as outras pessoas. Que o sacrifício foi meu, e não importa as outras pessoas.

É um momento de egoísmo muito importante, porque me fez ver qual o meu lugar no mundo, qual é o meu tamanho perante o espelho. O que sou e quais são os meus limites. Porque aquilo que falei da dor parar porque não tem como doer mais é um limite, um limite só meu, que pode ter sido imposto por uma situação externa, mas eu que estabeleço.

Os motivos, os porquês, as razões e contra-razões, os arrependimentos não valem em nada mais. Nada mais redime ou me faz esquecer a situação que passei. Transmutação e transformação. Não, não é mágoa, ou amargura, ou rancor, é evolução.



setembro 15, 2009

Full Circle

Turn around. Turn around. Turn around.

Spin around. Spin around. Spin around.

O mundo gira. Enquanto isso, as cores e os flashes passam na frente dos meus olhos. Como se estivesse rodando mais rápido, cada vez mais rápido.

O equilíbrio se vai, junto com toda e qualquer ideia de fixidez. Mas, antes de cair, uns segundos antes de perder totalmente a noção, a imsensidão toma conta dos pensamentos e, por uns milésimos de milésimos de segundo, consigo entender a razão do mundo girar.Então caio.

Ao cair, levo as luzes, as cores, os flashes ainda presos aos meus olhos. Caio. Fico no chão. Deitada, o mundo ainda gira. É engraçado, mas enquanto você está rodando, enquanto você está ativa, tudo parece fazer muito mais sentido. Agora, quando está deitada, num chão que está, sim, girando, mas numa velocidade bem menor que a sua, a convulsão parece uma grande bobeira.

E, lógico, começam a vir os efeitos colaterais, a náusea, a tontura, o mal estar. Valeu a pena ter girado tanto? Será que a sensação foi tão boa assim? Será que o momento lisérgico era para durar pra sempre?

Nada importa. Já estou no chão. Já parei.

O mundo gira. Mas isso não significa que temos que rodar junto. Muito menos que não possamos fechar os ciclos.

setembro 04, 2009

Hay que endurecer se

Laços fora! Toda independência necessita de uma morte. Algo precisa morrer para outro nascer. Não há coexistência, não há uma co-vivência. Duas matérias não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo no espaço. Duas ideias distoantes não sobrevivem numa cabeça só.

O processo de independência traz uma série de batalhas mortais intrínsecas. Espadas se degladiam, gritos se sobrepõem, socos voam pelo ar, é violento. Pura violência. Não tei como se sair ileso quando se entra na guerra para machucar. Tem, apenas, como aprender a curar as feridas mais rápido.

E não é só a morte que faz com que algo viva. Não é automático. Precisa-se do ritual: o funeral, o enterro, a missa de sétimo dia. No fim da guerra, contar os mortos é o que necessita ser feito, este cansativo e degradante trabalho manual necessita ser feito.

Revolução! Sem ternura, sem compaixão, sem piedade. Revolução pura e simples.Porque, algum dia, a borboleta precisa destruir o casulo, por mais seguro, bonito e compreensivo que ele seja.

Viva la revolucion!

Laços fora! Indepenêndia e Morte!

agosto 31, 2009

Colours


Equinox (Hans Hoffman, 1958)

Que raios?? Que porra é essa? Como assim chamam isso de arte?? Eu faria melhor, me dá um pincel, umas telas e uma tinta, vai!

Será que faria?

Sei que é o blog 'errado' pra falar sobre isso. Porém, cada vez mais chego a conclusão de que a vida imita a arte. As cores que vemos no mundo são, apenas, a imitação das cores que esses pintores, os 'abstratos', colocam em suas telas.

Mentes pragmáticas e fechadas tendem a desgostar de arte abstrata em primeira instância. Isso porque elas não tem, pintadas, exatamente o que representam. Não tem o desenho, muito menos a sugestão de alguma alegoria.

É uma bobeira procurar representação gráfica em todo e cada quadro feito no mundo. É como tentar procurar explicações para todas as músicas e sentido em situações exdrúxulas.

A mente é condicionada a procurar o código, a achar o que este significa. Escanea-se quadros dessa forma, e, quando se percebe que ele não vai "passar mensagem nenhuma", começam a criar nomes pejorativos "esse borrão de tinta", "desenho de criança".

Como esses caras representam o mundo em que viviam, o nosso mundo? Cores, texturas, materiais, mistura de tons. Afinal, o mundo não seria isso? Será que vale a pena tentar achar o sentido por trás de cada ato, palavra ou desenho? Será que, por uns instantes, não é melhor admirar, apenas admirar?

É o medo que faz com que os 'desentendidos' não gostem. O medo de admirar apenas porque é bonito, apenas porque tem cor.Gostar apenas.

Nada é para sempre. Cada quadro é um retrato de um momento [sublime ou não] que passou e nunca mais voltará. Uma ideia que passou pela cabeça, um sentimento que chegou às mãos, e aos pincéis e às telas.

Nuances. Os sensíveis enxergam nuances ao lidar com qualquer situação, enxergam transições e transformações pequenas. Como o fato do verde quando colocado do lado do vermelho, mostra mais cada uma dessas cores. Ou, como o céu durante o entardecer fica com, pelo menos, 3 tons de vermelho-alaranjado.

É, nem todos sabem observar. Ou melhor, nem todos querem observar. É, realmente, mais fácil viver num mundo de forma e conteúdo que num mundo de formato e preenchimento.

agosto 24, 2009

Sou eu

Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.

Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.

Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.

Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.

Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.

Sou eu mesmo, que remédio! ...


[Álvaro de Azevedo]


agosto 21, 2009

Amor Fatis

O mais estranho de se perder uma pessoa não é a saudade imensa que ela deixa. É a lacuna que ela deixa aberta quando parte. É a falsa sensação de liberdade.

Ninguém é substituível, portanto, aquele local ficará vazio provavelmente para sempre. Vazio não, não no vácuo, cheio de lembranças. Lembranças que por um tempo torturam, depois machucam, depois fazem diferença, depois alegram, dpois são estocadas junto às memórias de todos, depois não são mais lembradas.

No começo, as memórias são tão fortes que chegam a ser corpóreas. Dá para tocar, sentir o que a pessoa era para você. E, em alguns momentos, se você se concentrar e fechar os olhos, sentirá um pouco da presença dela ao seu lado.

A saudade é uma via circular, indo de cima abaixo de nossos sentimentos. Passam pela tristeza, pela raiva, pela alegria, pela felicidade, pelo ostracismo para voltarem para a tristeza e raiva e alegria.

E nesse meio tempo somos obrigados a continuar. Continuar vivendo, continuar sentindo, continuar observando.Forçados a perceber que não se pode parar, não se pode forçar. Há vida depois da desistência. O vazio diminuirá pouco a pouco, assim como outras presenças se tornarão mais importantes.

Transição, movimento, transformação. Nessa brincadeira, aprende-se que a única possível fixidez de nossas vidas reside dentro de nós mesmos.

Os vazios, ou pseudo-vazios, sempre existirão. Pessoas vão o tempo inteiro. Importâncias se deslocam a todo momento. Para nós, a única coisa que existirá será ... a nossa vida.

Tudo passa, e nós ficamos. E passamos da vida de outras pessoas.


agosto 11, 2009

W.O.

Chega uma hora em que se desiste.

Desiste de tentar, desiste de não conseguir, desiste de dar com a cara na parede, desiste de limpar o sangue, desiste de correr até os tijolos denovo, desiste. Simplesmente desiste.

É impossível não sentir uma frustração subir, ou descer, ela não tem um caminho muito fixo. É aquele sentimento que vem logo depois de uma derrota. Mas não é uma derrota comum, você quase conseguiu, você quase venceu, mas, no finalzinho, perdeu. Perdeu, não foi pro pódio, ficou só olhando.

O pior ainda, é ver que quem está em primeiro lugar conseguiu naturalmente. Sem nenhum dos seus esforços, sem nenhuma de suas dores, sem sangue, sem raça, sem nenhum do seu entusiasmo - aquele mesmo entusiasmo que era a sua marca registrada, era seu diferencial, que no fim, não ajudou em porra nenhuma. Sem nada. Apenas conseguiu. 'Just Because'

Humilhação.

É nessa hora que você percebe que se iludiu o tempo inteiro. Quis criar para você mesmo uma falsa imagem de vitória, tentou mentalizar, em vão, o ouro. Você nunca esteve em primeiro, na verdade, nunca esteve perto do pelotão principal. Ficou sempre à margem. Sempre em segundo plano. Correndo, correndo, se cansando, respirando, parando para descansar, e correndo denovo, denovo, denovo, algum dia teria que ganhar, era o que pensava.

Foi porque quis assim, alguns falam. Na verdade, é também nesse momento, que percebe que as pessoas não vão passar para te dar uma mão, mesmo se você tenha feito isso por elas. Elas estão ocupadas demais aplaudindo os campeões. E você vai ficar escutando os aplausos ecoarem como barulhos ocos no vazio, cada palma batida, é uma parte de você que se quebra, é uma parte da sua personalidade, é uma parte do seu esforço.

Inveja. Inveja. Inveja.

Tudo, todas as emoções que achou que um dia eram boas te corroem. Como um ácido. Como naqueles desenhos de gráficos das aulas de Química. E essa corrosão dói. Dói na alma. Dói na consciência. Na sua eterna má-consciência.

Talvez você não devesse ganhar, mesmo. Talvez a outra pessoa estivesse mais apta, fosse mais habilidosa, tivesse mais talento. É, talvez esse prêmio não queira dizer nada.

Afinal, você sempre soube que era uma perdedora mesmo.

julho 20, 2009

Noite de Carbíria

Sempre tive medo do escuro, pensou ao abrir os olhos e perceber que não houve diferença alguma na luminosidade.Piscou mais uma vez e as trevas ainda prevaleciam.

Por um instante não soube o que fazer. Possibilidades infinitas passaram por sua cabeça, ou o que pareciam infinitas no momento. Não tinha o hábito de contar as opções que lhe ocorriam na cabeça quando era obrigada a enfrentar situações difíceis.

Um estampido forte a acordou de seu devaneio de divagações desconexas. Aparentemente, algo de vidro havia quebrado. O barulho parecia vir da cozinha.

Tateou a parede áspera à sua direita, procurou algum ponto de equilíbrio. Já sabia onde estava, alquns passos a separavam da porta do quarto. Até a cozinha, porém, seria um grande caminho. Ou tão grande quanto poderia ser numa casa escura, no começo da noite.

Odiava sentir que sua visão sumira, por isso o escuro lhe apavorava tanto. Desde pequena as cores saltavam aos seus olhos, as letras, os desenhos, posteriormente, os filmes e os quadros. Vivia para os olhos, vivia por causa deles. Ter este sentido roubado, sem mais nem menos, era uma verdadeira tortura.

O cérebro se adapta facilmente, pensou ao descobrir que sabia o caminho do quarto para a cozinha de cor. As mãos passavam pelos dois lados do corredor, o barulho da pele roçando com a parede ecoava no ar, o silencio, para ela, era também a falta de luz...mas nos ouvidos.

Riu sozinha dessa insanidade sensorial. Os ouvidos nunca perceberiam as trevas. Para eles, as cores não importam, tão pouco as tonalidades ou as luzes duras e difusas do mundo. Os ouvidos...ouvem.

A sala lhe pareceu cada vez maior, os seus passos não ecoavam mais, sentia o tapete com seus pés descalços. Essa sensação lhe fez parar de sopetão: estava descalça!!! Como poderia entrar numa cozinha provavelmente cheia de cacos de vidro sem saber onde podia ou não pisar?

Arriscaria ou não a integridade de seus pés? Outras questões lhe incomodavam nessa hora: por que a luz acabou? Será que alguém deixou de pagar a conta? Será que estou cega? Alguma ecatombe se caiu na cidade, e os bairros ficaram sem energia elétrica? Enquanto as perguntas surgiam, cada vez mais exageradas e desesperadas, respirou e tomou uma decisão, fez uma escolha: continuou seu caminho.

Resolveu desbravar a cozinha e o piso de vidro quebrado. Nada resolveria aquelas questões, provavelmente, saberia das respostas mais tarde. Se não as tivesse, então não seriam as respostas que queria, ou não teria feito as perguntas de maneira correta.

De qualquer maneira, as velas e os fósforos estavam na gaveta de talheres, mesmo. A luz valia aquele pequeno risco.

julho 01, 2009

T.O.C, T.O.C, T.O.C

Não uso chaves, não bato, não toco campainhas: enfio o pé logo e entro pela porta. É uma garantia que tenho de que ela irá abrir, mesmo quando estiver trancada.

maio 14, 2009

Comparações

Como se tudo na minha vida perdesse o sentido por alguns instantes.

Como se tudo parasse, e eu pudesse analisar, friamente, os detalhes sórdidos das cores.Mesmo a cena estando em sépia.

Lógica? Razão? Ahn?

Como se, ao mesmo tempo, eu guardasse dentro de mim todos os segredos, de todas as loucuras do mundo. Do meu mundo.

Um ônibus lotado, uma cabeça vazia, uma vida quase completa. Mas, e o que mais?

Como se eu parasse de procurar, incessantemente, por olhares de correspondência. E passasse a encontra-los, sem querer, ao me encarar no espelho.

Memórias, lembranças, tempos. Há tempos.

Como se voltasse ao que era, mas em um universo paralelo. Naquelas doideiras de tempo relativo, de mundo relativo, de opinão relativa. Relalções relativamente relativistas.

Nada mais. Nada menos. Nada apesar. Apenas o ponto. Apenas o objetivo.

É como se eu estivesse vivendo...

fevereiro 08, 2009

Sem cortes, sem censuras

[Vamos a um lugar em que os palavrões não podem ter censura, certo?!]

O mundo é composto de vários tipos de filhos da puta que, com suas filhasdaputagem, fodem com o planeta É quase uma ação recíproca, o mundo fode com os filhos da puta, e eles fodem com o mundo. Para falar a verdade, acontece mais da segunda opção.

Mas, vamos ao propósito do texto, que te ajudará a saber com quais tipos de filhos da puta você tá lidando! Já que existem tantos no mundo, posso, com certeza, afirmar que existem dos mais variados tipos:

Existe o filho da puta sincero, ou seja, aquela pessoa que não mede esforços em ser sincero com você. Isso pode ser muito bom, uma vez que esta pessoa nunca lhe será falsa ou mentirosa. Porém, por falta de dosagem, este ser pode se tornar o filho da puta sem noção que consegue te deixar pra baixo nos momentos em que você não precisa.

Existe o pseudo-filho da puta, que é aquele que acha que sempre faz mal aos outros. Mas, sem querer faz bem. Isso acontece quando este tipo fala uma coisa ruim, achando que vai se dar mal, e acaba tomando na cara, e vendo que, na verdade, aquela coisa deveria ser dita mesmo.

Existe o filho da puta sádico, aquela pessoa que além de ser filha da puta, adora estar neste papel. Adora torturar, adora falar quando não deve. Adora saber que não faz bem para aqueles a sua volta. Esse sadismo pode ser sasonal, ás vezes é bom ser filho da puta com outros certos filhos da puta que nos rodeiam, não é mesmo?!

Existe o filho da puta inocente, e, acredite, estes se enquadram em um dos piores (só perdem para o último que citarei abaixo) É aquele que não sabe, mas tá fazendo filha da putagem. Diferente do pseudo, ele não acha que está fazendo mal, muito pelo contrário, acredita que esteja fazendo o bem. Ou, que, pelo menos, não esteja fazendo nada de mais. A egocentria filha da pútica deste ser impede que ele veja que as suas ações tem consequencias sobre as outras pessoas, por isso, ele é um dos piores.

E, por fim, existe o filho da puta ator, e, como já dito, este é o pior de todos. O filho da puta ator, tem noção de que está te fodendo, tem noção de todas as coisas que faz, mas não mostra isso pra ninguém. Para falar a verdade, ele mostra que se importa com todos a sua volta, age como se não fizesse filhadaputagem nenhuma, com ninguém, nunca! Dele você não espera nada, e é dele que você toma as piores rasteiras.

A maioria dos casos acima podem ser perdoados, porque fazem parte de personalidades, fazem parte do caráter das pessoas, e, no final das contas, não são estados permanentes destas, são facetas que elas resolvem ou não adotar. Agora, o filho da puta ator, não. Porque, isto tem outro nome: falsidade.Ou seria insegurança?!

Enfim, tomem cuidado. Há filhos da puta em todos os lugares. Inclusive em você mesmo!

janeiro 19, 2009

100%

Resolvi que irei ler todos os livros já escritos. Olhar todas as revistas já publicadas. Ver todos os filmes já dirigidos, por todos os diretores, de todos os tempos.

Assistir a todas as séries, rir de todas as piadas (mesmo as conhecendo de cor e salteado). Ver todos os quadros, das pinturas Rupestres até o mais-alto-modernismo-de-NY-em-09. Descobrir todas as religiões, todas as línguas de todos os países desse planeta, quiçá de outros.

Falar com todas as pessoas. Conhecer todas elas. Conhecer profundamente todas elas. Procurar padrões, destruir padrões, criar padrões. Trendsetter e Trendmaker.

Aprender sobre Física, Economia, Política, Química, Matemática, Informática, Psicologia, Psiquiatria, Filosofia, Medicina, Moda, Artes, Literatura , Cinema ...e por aí vai.

Resolvi ser completa e profunda.

Compleitude. Sim, ás vezes a gente consegue achar sozinhos.