setembro 15, 2010

Pretensões [ou manifesto]

Sou aquilo que não se pode parar, não se pode delimitar, não se pode nomear. Como aquele sentimento do qual você não consegue precisar a origem, nem definir o ponto final. Aquilo que arrebata, te leva para longe e te faz voltar em dois segundos. Se a viagem é boa ou não, já não cabe mais a mim opinar.

Não espere de mim: coerência, inteligência, ignorância, beleza, feiúra, postura, educação, bom humor, mau humor, palavras corretas, ações politicamente corretas ou comumente aceitas. Não espere nada de ninguém.

Guardo aqui dentro a minha própria destruição e meu próprio vazio. Sou uma mistura de elementos contraditórios, sentimentos contraditórios, gostos diversos e ações controversas.

Não me leve pelo braço, não me nomeie, não me venha com conversa mole. Não estou interessada, não quero, muito obrigada.

Não preciso que me diga como devo seguir o meu caminho, muito menos que tipo de sentimento deveria sentir. Não necessito que me dite seus cânones, suas preferências, seus conceitos, seus preconceitos, suas gírias e seus estilos. Não sou obrigada a explicar porque discordo, porque não entendo e porque não sigo.

Descobri que minha liberdade está aqui, em algum lugar entre a sua e a minha cabeça. Deixe-me viver.