setembro 28, 2007

Brunelleschi e Giotto

Sorte e azar, tudo questão de perspectiva.
E, por falar em perspectiva, a partir dessa técnica que os pintores e artistas dos séculos XV e XVI faziam com que as pessoas vissem o que eles queriam, da maneiras que eles queriam. Seriam eles tiranos? Tiranos da beleza?
Esse negócio de perspectiva pode nos fazer mudar tudo. Uma "paixão" pode ser apenas uma amizade muito forte, uma amizade muito forte pode ser apenas uma ilusão, uma ilusão pode ser um sonho, um sonho pode não exixtir.
Nem sempre a gente conhece as pessoas como queremos, ou como achamos que conhecemos. Mas, novamente, é tudo questão de perspectiva: depende do momento. Não adianta medir, não tem como alguém conhecer o outro por completo, podem se passar, um, dois, sete meses, um ano, dois.. 5 anos. Conhecemos apenas a pessoa do momento, o ser aqui (e não ser-ali!).
E, de verdade, isso não é ruim.O fato de uma pessoa dividir com você gostos, opiniões, risadas e talvez, lágrimas, mesmo que seja por dois minutos (ou sete meses) já é algo além do comum.
Estamos sempre tão fechados em nossos mundinhos, de mesmas pessoas, mesmas conversas, mesmas piadas sempre, que uma mudança de vista, e de PERSPECTIVA não faz mal.
O azar pode transformar-se em sorte, vice-versa.
Depende sempre da onde você está olhando; ás vezes é melhor deixar-se tiranizar pelos artistas e apenas seguir a visão deles do mundo, assim, quando nos damos conta, encontramos obras primas e , talvez, alguns amigos verdadeiros.

setembro 27, 2007

Perhaps, perhaps, perhaps

You won't admit you love me
And so
How am I ever
To know
You only tell me
Perhaps, perhaps, perhaps
A million times I ask you
And then
I ask you over
AgainYou only answer
Perhaps, perhaps, perhaps
If you can't make your mind up
We'll never get started
And I don't wanna' wind up
Being parted, broken hearted
So if you really love me
Say yes
But if you don't, dear,
Confess
And please don't tell me
Perhaps, perhaps, perhaps
If you can't make your mind up
We'll never get started
And I don't wanna' wind up
Being parted, broken hearted
So if you really love me
Say yes
But if you don't, dear,Confess
And please don't tell me
Perhaps, perhaps, perhaps

Cante junto!Pq essa música é pra vc Nê!!!!!
Feliz não desaniversário sis!
Lov yaa!!

setembro 12, 2007

Mais fácil aprender japonês em braille

O amor é cego. Mentira.O amor nos cega.Aliás, nada de colocar culpa num sentimento "nobre" [digno de lista de virtudes], ou de colocar a cegueira fora da gente, nós nos deixamos ficar cegos. Não queremos acreditar que a outra pessoa tem defeitos. E, believe me, ela tem, muitos.
Em busca de um príncipe perfeito, do cavalo branco, do cabelo ao vento, dos susuros ao pé do ouvido, das risadas ao por do sol, dos abraços intermináveis e dos beijos inomináveis. Ok, podemos ter tudo isso.Apenas se arcarmos com os sapos por trás dos príncepes- inclusive,todos os sapos que temos que engolir por causa deles-, com a arrogância do cavalo branco, com as épocas de marasmo, com os gritos em alto e bom som, com as lágrimas a luz da lua, com a saudade dos abraços e a falta dos beijos.
É assim, quer ser cego? Seja, mas pelo menos, aprenda a ler em braille.

setembro 05, 2007

Caixa de Pandora

- Você não entende, não é?
Seus olhos brilhavam, não sabia se eram lágrimas ou apenas uma ilusão da luz em seu rosto.Abaixava a cabeça cada vez que ficava calado, e , quando a levantava, parecia ter sua energia renovada.
Entregou-me uma caixa de veludo vermelho escuro, quase bordô. Não compreendia como aquela caixa, que guardava dentro de si um presente de aniversário (ou seria de alguma outra comemoração?), poderia atrapalhar em sua mudança.Por que uma caixa tão pequena iria fazer peso no meio de tantas caixas maiores e muito mais pesadas?
Deixou-a comigo, e , sem olhar para trás, sem dizer nenhuma palavra, seguiu em frente, andando, passo a passo, até desaparecer na imensidão do espaço.
Fiquei encarando a caixa por um bom tempo enquanto escutava o som dos passos.Sentia que , talvez, essa seria a última comunicação dele comigo.O som finalmente parou, mas a inquietação permaneceu.
O que aquela caixa tinha de mais? O que aquele presente tinha de mais? Qual era o problema deles? Analisei durante também muito tempo- se bem que o tempo aqui é meramente figurativo, nunca soube muito bem quanto tempo fiquei com ele, ou por quanto tempo o amei, sei que foi bastante, foi o bastante- procurei algo de errado nas juntas da caixa, senti para ver se me dava alergia,cherei e nada de espirros, abri, o presente estava lá , intacto.
Lembrei de quando o comprei, lembrei de como o dei; lembrei das palavras e das promessas trocadas. Este pequeno presente foi testemunha de sentimentos , de abraços, de beijos, de brigas.Aquela caixa não era apenas uma caixa, não era apenas um objeto vendido em uma loja, muito menos era aquele presente apenas um presentinho.Eram, os dois, o meu relacionamento.
De repente, não quis ter mais aquilo em minhas mãos. Não queria mais sentir o veludo, cheirar o perfume ou ver o bordô. Não queria lembrar mais de nada, nem dos momentos bons, e muito menos dos ruins.
Fechei os olhos e percebi que a caixa era um epecilho enorme na mudança dele.Não na mudança física, pois a pequenina caberia no caminhão tranquilamente; mas ela não caberia mais na vida dele. Se ele não se livrasse dela, não poderia progredir; era como se fosse uma âncora, ou uma bigorna - ri com esse pensamento, mesmo com lágrimas nos olhos- ela o prendia a tudo que tivemos.
É, tinha acabado de verdade. O que sobrou de nós dois? A caixa devolvida a qual também não sabia se queria mais.E um brilho estranho nos nossos olhos .
-Eu entendo, entendo perfeitamente.
Coloquei a caixa no bolso, podia suportar o peso dela, não queria era suportar a leveza de mim sem ela.

setembro 01, 2007

... então deita na cama!

Ninguém é muito diferente do que parece ser.
Uma maçã, realmente, não cai longe da macieira.
Eseencia? O invisível aos olhos? Balela!!Tudo balela.
As pessoas são exatamente o que deixam transparecer; tão exatamente que beira o inacreditável.
Leornado Da Vinci tinha uma técnica de pintura que chamava-se esfumiatto [acho que se escreve assim], ele nunca deixava transparecer os contornos de suas pinturas, efumaçava os cantos; para ele, existia algo entre o olho do pintor eo objeto a ser pintado, e a gente não enxerga os contornos. Verdade.. a gente enxerga as pessoas, simples como são.
Nada de leitura fria, nada de palavras significativas.
O personagem não foge muito de sua fama.
E por mais que berremos, tapemos nossos olhos e ouvidos para isso, a verdade é uma só: o que você vê é o real.
Ninguém finge por muito tempo; ninguém "é" apenas para uma pessoa;todos são o que parecem, e tudo parece ser errado.
E viva a lei de Murphy!

Se fez a sua fama...