setembro 15, 2009

Full Circle

Turn around. Turn around. Turn around.

Spin around. Spin around. Spin around.

O mundo gira. Enquanto isso, as cores e os flashes passam na frente dos meus olhos. Como se estivesse rodando mais rápido, cada vez mais rápido.

O equilíbrio se vai, junto com toda e qualquer ideia de fixidez. Mas, antes de cair, uns segundos antes de perder totalmente a noção, a imsensidão toma conta dos pensamentos e, por uns milésimos de milésimos de segundo, consigo entender a razão do mundo girar.Então caio.

Ao cair, levo as luzes, as cores, os flashes ainda presos aos meus olhos. Caio. Fico no chão. Deitada, o mundo ainda gira. É engraçado, mas enquanto você está rodando, enquanto você está ativa, tudo parece fazer muito mais sentido. Agora, quando está deitada, num chão que está, sim, girando, mas numa velocidade bem menor que a sua, a convulsão parece uma grande bobeira.

E, lógico, começam a vir os efeitos colaterais, a náusea, a tontura, o mal estar. Valeu a pena ter girado tanto? Será que a sensação foi tão boa assim? Será que o momento lisérgico era para durar pra sempre?

Nada importa. Já estou no chão. Já parei.

O mundo gira. Mas isso não significa que temos que rodar junto. Muito menos que não possamos fechar os ciclos.

setembro 04, 2009

Hay que endurecer se

Laços fora! Toda independência necessita de uma morte. Algo precisa morrer para outro nascer. Não há coexistência, não há uma co-vivência. Duas matérias não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo no espaço. Duas ideias distoantes não sobrevivem numa cabeça só.

O processo de independência traz uma série de batalhas mortais intrínsecas. Espadas se degladiam, gritos se sobrepõem, socos voam pelo ar, é violento. Pura violência. Não tei como se sair ileso quando se entra na guerra para machucar. Tem, apenas, como aprender a curar as feridas mais rápido.

E não é só a morte que faz com que algo viva. Não é automático. Precisa-se do ritual: o funeral, o enterro, a missa de sétimo dia. No fim da guerra, contar os mortos é o que necessita ser feito, este cansativo e degradante trabalho manual necessita ser feito.

Revolução! Sem ternura, sem compaixão, sem piedade. Revolução pura e simples.Porque, algum dia, a borboleta precisa destruir o casulo, por mais seguro, bonito e compreensivo que ele seja.

Viva la revolucion!

Laços fora! Indepenêndia e Morte!