junho 21, 2008

Sobre Ilhas e Pontes

Quanto mais convivo com o mundo, mais comprovo a minha tese, muito das clichês, de que nenhum homem é uma ilha. Embora duvide bastante da existência de ligações momentâneas entre as ilhas. Lógico, fui criada em cima de pontes sólidas. Tão sólidas e antigas quando a Tower Bridge.Barquinhas, barquinhos... ok?! Eles podem existir. Afinal, há sempre uma ilha que é mais longe que outra. Uma ilha em que nenhuma ponte que saia da minha chegue.

Mas, é, agora, parada no meio da minha ilha tropical-não-quente, olhando as pontes e portos ao meu redor que me pergunto:na real, no que isso irá me ajudar? Se no fim das contas, ainda estou aqui, sozinha, tendo que desbravar todos as cavernas secretas , animais perigosos e fantasmas da minha ilha. E, sim, os outros tem que desbravar as deles. Tem que criar outras pontes, outros porto-seguros.

Ainda bem que sei nadar, não é mesmo? Porque se fosse depender das pontes e portos, apenas, refutaria a tese que tento comprovar.

Um comentário:

Tefo disse...

gostei deste texto :) me lembra um poema do mário de sá carneiro:

Eu não sou eu nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.