julho 12, 2008

Never Be the Same Again

Da janela do meu quarto eu vejo as antenas da Paulista, piscando e brilhando noite a fora.
Nunca imaginei que estaria tão perto dela. Sempre que vinha pra São Paulo, pedia para minha mãe passar pela Paulista. Juro! Por mais longe que estivéssemos, na minha cabecinha-praiana-santista-acostumada-com-os-canais, se não passasse na bendita Avenida, não tinha passado por São Paulo de jeito nenhum.

As luzes, as cores, os carros, as pessoas, tudo me maravilhava. Sonhava em morar numa cidade doida, grande, cultural, uma cidade que nunca dorme. Se conseguisse der certo nela, coseguiria em qualquer cidade. Lógico que metade da minha teoria caiu por terra quando comecei, de fato, a morar em São Paulo. Tornei-me paulistana, paulistânia.

E, agora, posso contar muitas perspectivas da Paulista: às sete da manhã, as cinco da manhã, as três, a dois, a cinco, a três, com mochilas e malas, sem lenço e com documento, com muito frio, com muito calor, extremamente sorridente, extremamente chorosa, com músicas na cabeça, com músicas no mp3, maravilhada com tudo, pessimista com nada, rindo sem fim, imitando professores, imitando poses, discutindo literatura francesa, correndo para não se atrasar, correndo para parecer feliz, indo, literalmente, da Consolação ao Paraíso.

Não sei se vou me tornar aqui uma grande pessoa, não sei se vai dar tudo incrivelmente certo, ou se vai dar tudo no cano. Só sei que agora, a minha visão de São Paulo se expandiu, de Paulista, passou a ser a Rebouças, a Angélica, a Heitor, a Dr.Arnaldo, a Al. Santos, a Augusta, a Harmonia...E adjacências. Porque, afinal, a visão da minha janela é mais ampla que apenas antenas piscando, é só olhar para baixo.

PS.; Quão maior é o Tietê em relação ao Cubatão? Ou melhor, ao Oceano Atlântico?

Nenhum comentário: