Cof cof.Intoxicante. Sufocante. O ar em demasia queima tudo, nariz, boca, traquéia, pulmões, brônquios. Pedir socorro não é propriamente o que se deve fazer. Gritar, berrar não.
As paredes se movimentam, o ar piora, piora, piora, só piora. O otimismo escorre pelos meus pés. Cada lufada de ar que me entra é venenosa, me mata aos poucos, aos muitos.
Não. Não sei o que fazer. É morrer ou morrer! De ar, ou da falta dele. Se bem que...morrer por falta é sempre mais triste.
Saio para tentar sobreviver. Sobrevivo para tentar viver. Vivo para tentar ser feliz.
Nada dá certo. Quando saio, o ar permanece o mesmo, senão piorado. Quando sobrevivo, esqueço de viver. Quando não vivo, não sei ser feliz.
E esse ar... Epifânia Jungiana.
Um comentário:
nunca sonhei com ar.
só com água... nos meus sonhos, a água parece ar...
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